Transculturalmente, esta é a cura mais utilizada pelo xamã, que detém o poder de resgatar pedaços de alma.
O conceito de perda da alma é popularmente conhecido através da expressão “des-animado”, sem alma (anima = alma), que se usa quando alguém está desconectado com a vida...
Às vezes não nos sentimos “completos” ou não vivemos tão plenamente quanto desejávamos.
Para nós xamãs, estes sintomas existenciais e mais depressões, doenças crônicas, vícios, problemas com o sistema imunológico, síndrome de pânico, personalidades múltiplas, entre outros, são sintomas de perda ou roubo de almas.
Estas ocorrem através de traumas como abusos sexuais, incestos, perda de um ente querido, perda de bens e mudança radical de padrão de vida, cirurgia, acidente, abortos provocados ou não, etc.
Sempre que vivenciamos trauma, uma parte de nossa existência vital separa-se de nós a fim de sobreviver às experiências, de escapar ao pleno impacto da dor.
Nas psicoterapias, esta recuperação dá-se por longos processos de revelação e integração do inconsciente.
Para os xamãs, as partes separadas pelo trauma não estão apenas mergulhadas no inconsciente, mas jazem “vivas” numa realidade paralela e multidimensional aqui-agora, no Universo xamânico.
Resgatá-las significa trazer a alma para casa, restaurando a inteireza do Ser.Carminha Levy
*Carminha Levy é Mestra Xamã. Ela foi a introdutora do NeoXamanismo no Brasil, em 1981. É também psicóloga transpessoal, com especialização em Jung, arteterapeuta, pedagoga e psicodramaticista.
Carminha fundou e preside a Paz Géia, a primeira escola de NeoXamanismo do Brasil, com sede em São Paulo.
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